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Perco-me em cada nota deste senhor.
Um grande senhor da música: Rodrigo Leão!

(im)pertinências


Há ausências muito pertinentes. E vinhos que ganham corpo, vontade e alma no reflexo da lareira apagada pelo calor deste verão que se atrasou. E há defesas, sim, essas que poderiam derreter-se num «até breve» demorado. Mas que não cedem à tentação das promessas dos riscos que estão sob o vidro e a porcelana. Faz muito tempo que os cacos não fazem parte daquilo que quero apanhar. E o falso acrílico é sempre mais seguro.

ruralidades

E no quintal da mãe há tomates, limões e galinhas, couves, uvas e brincos de princesa. As galinhas não acharam grande piada ao flash e acho que foi por isso que ontem não houve ovo! E segue-se um pequeno apontamento da reportagem fotográfica.







this magic moment


Daqui saiu o título deste meu "diário-mas-nem-tanto" virtual. Um dos meus filmes preferidos e uma das cenas que ficarão até que a memória me falhe!

Sweeter than wine, softer than a summer's night, tralalala

repetições


E dizes que fazes e aconteces. Mas quem tem que fazer e acontecer sou eu. Tenho que te fazer ver aquilo que finges que não vês, até porque é de noite e é uma boa razão para isso. Não desistes de quê? As madrugadas dão-te certezas e havias de te ouvir falar, tal é a convicção nas tuas palavras. Queres o quê? Enganas-te no sujeito. Enganas-te no destinatário. Enganas-te a ti e quase me enganas a mim. Mas eu tenho as vacinas em dia. Aqui apenas chegam os “pis” das teclas onde carregas por engano. Ok, ok, tu não bebeste nada. Deixas cair o telemóvel. Sim, está bem, andas à procura do carregador. E não, não bebeste, não são 6h da manhã e sim, tens a certeza do que dizes. É isso que queres. E queres muito, queres com todos os graus da cerveja que não meteste goela abaixo. Vai dormir, que isso passa.

I really am such a fool...


20 para a 1h. O tabaco acabou a meio da tarde. Quando fumei o último até pensei que não era nada difícil ficar o resto do domingo sem tabaco. Estendi a roupa e resolvi dormir um bocado, até porque já começava a pensar na estúpida da nicotina. Quando dormimos é bom, nada nos faz falta. Acordei, respondi às sms que estavam por ler no telemóvel. Comi umas bolachas. Comentei a série portuguesa do canal 1 com uma amiga, por sms, claro está. Estou inquieta. Vou ver quem está online. Partilho a minha inquietação contigo. Tu ainda ris e dizes que vais acender um cigarro, mudas a foto para aquela tua foto de ar regalado e cigarro na mão. Não, os trocos que estão na carteira já não chegam para ir comprar tabaco ao café. Até porque ontem foi noite de saída com as amigas e pouco sobrou do pouco que levava, há sempre quem pague uns copos para nos agradar. E eu até nem bebi tudo porque tinha que conduzir. Inquietação em alta. Ainda há uns cigarros na gaveta lá do escritório. Tenho que vestir umas calças para não ir de pijama, não o tirei o dia todo. Pego no carro e lá vou eu em busca da nicotina. Passei com o carro 2 vezes pela mesma pessoa, senti-me parva, eram 2h e eu ali. Parei, corri escada acima, fui ao escritório sem acender sequer a luz e saquei o maço dos 4 cigarros que lá deixei e vim embora. Parecia que estava a roubar e a fugir. Não conseguiria mentir se encontrasse alguém conhecido. Acendi o cigarro. Continuei a sentir-me parva. E no rádio, um gajo qualquer cantava “I really am such a fool...”. Ora, tu que nem sei quem és, acertaste na mouche e a cantar! Voltei a casa, parei o carro, desta feita noutro estacionamento, aquele estacionamento parvo que tem um poste de electricidade à frente e não deixa chegar o carro ao passeio e que tem uma árvore meticulosamente plantada mesmo no espaço que eu precisava para abrir a porta e sair. Os meus 5 kg a mais ainda me deixam sair, a custo. O fumo que passa entre mim e este monitor, dá-me calma. Neste momento não preciso de mais nada. Este misto de felicidade viciada e vergonha é bem melhor do que a inquietação. No fim das contas feitas, sei que, quando quero, vou atrás.

nada (na mão)


Mais uma vez caí-te por entre os dedos, sem te sentir qualquer movimento para fechares a mão. Ah pois, estavas a dormir. Desculpa acordar-te. Espero que tenhas dormido bem e que aquilo que tanto disseste que querias, não tenha sido uma pedra no teu colchão.