Mudam-se os tempos. No meu caso, não se mudam as vontades. Continua a vontade de passear, explorar, desenrascar, assimilar, arregalar, aceitar, descobrir. Agora as vontades têm que ser redireccionadas, recauchutadas, recicladas, adequadas. Gostava de ver continuadas as vontades de correr e comer o mundo. Devo colocar o mundo à disposição e deixar que as vontades cresçam naquela pessoinha pequena. Vai, corre o mundo, descobre, se assim o quiseres. Se quiseres apenas ficar em porto seguro, na tua zona de conforto, cá estarei. Cá estarei para tudo, mesmo tudo. Entretanto, levo-te pela mão, enquanto deixas.
Zambujeira do Mar/2011
[olha, ainda fumava e tudo eheh]
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