Vou pescar um ano melhor. Sacudo-o. Penduro-o no estendal dos anos bons e ponho uma mola em cada ponta. Uma mola verde no 2 e uma mola rosa no 9. É pena estar de chuva!
Feliz 2009 e tal...
Por estes dias a minha vida é feita de papel. E o papel principal não é meu. Erro de casting. Folhas e mais folhas, rabiscadas, dactilografadas, numeradas, avulsas, arquivadas, ainda mais por arquivar, furadas, assinadas, riscadas, pintadas, agrafadas, enroladas, fotocopiadas, amarradas, amarrotadas, recicladas...
Uma agradável surpresa!
Já atestei o pinheiro, que passou o resto do ano a arejar no terraço, com bolas e outros penduricalhos! A Maria e o José já estão estratégicamente colocados debaixo do pinheiro, acompanhados, claro está, do burro, da vaca, de duas ovelhas, um pastor e três reis magos! Assumo que, fazer o presépio, me faz lembrar os tempos em que construía mini-casas para os meus mini-bonecos (tinha o cocas, a miss piggy, uma gata-princesa preta, tinha os 2 marretas velhos e mais uns quantos, que não faziam parte do mesmo filme, mas aos quais eu dava imenso protagonismo nos meus próprios filmes). De volta à infância!
"Estás a olhar pra onde, hum?"
Um dia cinzento e frio...
E era aqui que, dizem, o S. Macário vinha buscar as brasas para levar para o cimo do monte, onde vivia sozinho, depois de ter assassinado o pai, confundindo-o com um animal enquanto andavam ambos à caça. Refugiado na gruta do monte como penitência pelo seu crime, descia à aldeia de Macieira para ir buscar brasas para se aquecer, levando-as nas mãos sem se queimar, anos e anos... Um dia, ía ele monte acima com as brasas na mão, como de costume, quando viu uma pastora jovem, que a certa altura apanhou uns gravetos do chão também para se aquecer e o pobre do Macário, que ainda era um homem novo, olhou para as pernas da pastora. Então não é que as brasas lhe queimaram no mesmo instante a pele das mãos???!!! Logo largou as brasas por sentir que cometeu um pecado em olhar para as pernas da pastora. Seguiu para a sua gruta onde agora está a capela, nunca mais dali saiu, aguentou o rigor dos invernos, mas quando morreu toda a gente lhe chamava santo!!! Pudera!
Nada a acrescentar como legenda desta foto... o arame farpado estava lá e a minha máquina também... é só!
Nunca vi tantos moinhos juntos, e dos lugares onde pouca água havia, aqui vieram "plantar" o seu moinho.
Ora aqui está um belo sítio para fazer o presépio de Natal! (para os mais urbanos que não percebem a piada: na aldeia usa-se o musgo para meter por baixo do presépio, boa? ah! e musgo é esta coisa verde agarrada à pedra!)
Acabaram-se os moinhos e começou a caça à castanha em castanheiro alheio! Depressa que estes têm dono!
Chegamos! Onde? À "Festa da Castanha e do Mel"! E temos almoço à espera, rojões, batatas e couves cozidas, aletria e pão de ló para sobremesa e no fim... bem, no fim foi mesmo um café com "cheirinho"... a bagaço! Pois... a jeropiga também era boa... (cof cof) e mais não digo!
Fiquem com uma pequena amostra do que poderiam ter visto e comprado! Se não, temos pena! Para o ano há mais!
E o belo do Rio Paiva! Chegamos a Nodar!
E toca a caminhar!
Ena tantos! Hoje somos mais de 25!
A ponte de Nodar!
...
Afinal aqui também há ventoinhas...
E para merecermos o almoço, toca a subir!
Ooooh! Não houve bogas para o almoço...
Mas o habitat das bogas alimenta-nos a visão!
Enche-nos a alma...
E presenteia-nos sem qualquer esforço!
The lonely walk do nosso "boga-man"! E fazem-se das pedras recuerdos que já pesavam em algumas mochilas! :D
Cada vez mais perto!
Aliás, pertíssimo!
E as crianças divertem-se com a arte dos outros...
A nossa outra metade recebe a luz... nós no monte e eles no buraco!
A isto chama-se uso abusivo da arte!
...
Há estradas que acabam no céu... e o nosso dia acabou ali!