abriu a época da pinderiquice




Pindérico como eu gosto!
Ó pra mim toda centradinha, pindérica e centrada! :D
São os milagres do Natal!
E as luzinhas, as bolinhas, as fitinhas e tudo vermelho, tudo dourado, tudo brilhante! 
[suspiro]

ai ai


viseu
nov2016

viciadíssima



em manhãs,
em sol,
em manhãs de sol.


em ti


em manhãs de sol contigo,
mesmo que chova.
contigo há sempre sol.



outono/2016

Cogumelos (de comer... ou então não)

Por Valadares, de cesta no braço, lá começámos.

E logo para começar, parecia a sagrada família, 3 "Boletos", 2 grandes e 1 pequeno, todos agarradinhos! Foram logo para o tupperware da Inês. Ficou logo cheio e o orgulho dela também!
[Boletus edulis é um fungo que pertence ao gênero de cogumelos Boletus na ordem Boletales. É um cogumelo comestível. Conhecida pelos portugueses como míscaro ou tortulho, a espécie Boletus edulis vive associada exclusivamente a árvores adultas, em pinhaissoutoscarvalhais e montados de sobro ou azinho. In Wikipedia]

E alguém conseguiu captar melhor do que eu "la família" de "boletos". Deveras esponjosos por baixo do chapéu, já em amarelo esverdeado, por isso, segundo indicações de quem sabe, deve retirar-se esse esponja esverdeada.

PÁRA TUDO!
Este mata, dizem! Destrói o fígado sem demora! Chega pra lá... chiça! Pensa-se que será uma 
Amanita phalloides.


[A Amanita phalloides, conhecida em português pelo nome comum de cicuta verde, é uma espécie de cogumelo altamente venenosa que pode causar a morte se eventualmente consumida. A A. phalloides habita florestas, normalmente junto de carvalhos, nogueiras e/ou coníferas. As toxinas presentes nesta espécie atacam o fígado e rins e provocam muitos danos, frequentemente irreversíveis, antes do aparecimento dos primeiros sintomas. O único tratamento possível na maioria dos casos é um transplante de fígado. Calcula-se que apenas 50g de Amanita phalloides sejam suficientes para provocar a morte de um ser humano adulto, e que a espécie seja responsável por 90% dos envenenamentos por cogumelos anuais. in Wikipedia]

Cestos recheados com espécies ainda por verificar.

As coisas que a gente aprende. Estas teias super compactas são feitas por aranhas, sim, mas não são aranhas grandes, são minúsculas e vermelhas. Esta espécie de cordão vermelho, que se vê na foto, são aranhas todas juntinhas a trabalhar no tricot. Sim, já podem fechar a boca, eu também fiquei de queixo caído.

E esta fofura fotogénica é....
...
... tcharan...
uma Amanita muscaria! E dá umas alucinações do catano! Não mata, mas dá assim umas cenas e tal!
E sim, falta-lhe metade! eheh


[O Amanita muscaria, conhecido como agário-das-moscas ou mata-moscas (em Portugal também como rosalgar, mata-bois ou frades-de-sapo) é um fungo  que possui propriedades psicoativas e alucinógenas em humanos. in Wikipedia]





 E aqui perdi-me na explicação e não sei bem o que dizer sobre o assunto, parece madeira até no toque o no som ao bater, mas não é. Alimenta-se do tronco. E pronto! 

Aqui está o dito cujo, arrancado da árvore.

Se repararem bem, este tronco velho também tem daqueles "ditos cujos". E tem também buracos redondos, feitos por quem? Por quem? Por pica-paus! Ah pois é! Não é ficção ou coisa de livro aos quadradinhos.

Este é o meu cesto, não sou um bom exemplo da apanha do cogumelo! Shame on me!

E agora, algo completamente diferente... maracujás! (conseguem ouvir um samba no ar??? tu tchururururu) No meio de terras por cultivar, temos maracujás aos pontapés! E esta, hein?

E ainda encontramos uns Trametes versicolor, Turkey tail pros amigos! É um cogumelo medicinal com muitas propriedades.

Um pormenor do tal turkey tail. Fotogénico por sinal!

O que vale é que os cestos não iam cheios. Toca a subir.

O Outono soube agradar à vista pelas cores quentes de um fim adiado do Verão.


Faltava um bocado à Amanita muscaria, pois! Percebe-se! ahah

Por fim, chegamos a casa de uma das nossas companheiras de viagem, que nos deixou invadir a cozinha para cozinhar os nossos cogumelos. Muita gentileza e hospitalidade, embora não saiba o nome da dona da casa. Os nossos entendidos nestas coisas dos cogumelos, o Biólogo Pedro Pereira e o Ecólogo Miguel Peixoto foram os Chefs de serviço. A quem desde já agradeço a tarde de aprendizagem.
Os talos dos boletos estavam divinos. Comemos mais duas espécies, com sabores diferentes. Mas fã, só fiquei dos boletos.

O vinho era bom e caseiro. Por entre garfadas tínhamos o humor negro, mas delicioso, da D. São que só dizia que se ouvíssemos tocar os sinos... já sabíamos. Ficamos mais descansados por saber que tal só deveria acontecer 3 dias depois, o que nos dava ainda tempo de cozinhar o resto dos cogumelos. eheh

29/10/2016
Organização: Macromia e Freguesia de Valadres
Valadares / S. Pedro do Sul